27.12.06

XXI

Adeus. Adeus. Adeus.

XX

Os teus olhos já não são peixes verdes.

13.12.06

XIX

Os meus olhos são de outra cor. São. Ou eram. Agora têm uma sombra por cima.

6.12.06

XVIII

O meu coração grita. Mas sim. Aceito.

30.11.06

XVII

Adoro.te.Adoro.te.Adoro.te Os olhos dele brilham. Os olhos dela acreditam.

XVI

Ele: "A vida é assim. A vida é um mar de marés." Ela: lágrimas.

29.11.06

XV

Ele: -"Perdemo-nos." Um silêncio longo. Ela: "Será que alguma vez nos encontrámos?"

25.11.06

XIV

Aqueles que nos compreendem fazem de nós escravos. Não quero que me compreendas. Basta que me ames.

24.11.06

XIII

- "Tens cara de menina." Ela sorri: "Eu sou uma menina."

23.11.06

XII

Antes, achava que precisava do mar. Mas agora tenho o lago dos teus olhos.

XI

- "Gosto de me ver no espelho dos teus olhos. Fico bonita."

X

Claro que sim. Podemos ficar sentados à beira de um ribeiro, de mãos dadas e com os pés dentro de água. Distraídos, damos pontapés na água. O meu pé direito entrelaça-se, de vez em quando, com o teu pé esquerdo.

21.11.06

IX

Vem sentar-se comigo à beira de um rio.

20.11.06

VIII

- "Não me digas nada quando partires." - "Porquê?" " - Porque só existem as coisas que se transformam em palavras."

VII

Quando dizes o meu nome, a tua alma fica despida e consigo tocá-la com a ponta dos dedos.

19.11.06

VI

Ambos, com cara de parvos, e ao mesmo tempo: - "Parvo-te."

18.11.06

V

Ela, baixinho: "O teu peito é um búzio. Quanto me encosto nele, ouço o mar." Ele: "O mar és TU. Não vês que sou um náufrago?"

IV

Ela: - "Tens notas musicais bailando à volta da tua cabeça. A clave de sol pousou-te no nariz." Então, ele convida-a para dançar.

17.11.06

III

O Silêncio, afinal, é verde. Sempre pensei que fosse negro.

II

Ele, olhando-a: - "Quando disse que o teu rosto eram duas maçãs verdes, não sabia que ainda me ia apetecer tanto oferecer-te uma flor." Mas não lhe oferece nenhuma flor. Deixa - apenas - cair uma lágrima dentro da sua mão em concha.

16.11.06

I

Tenho mil borboletas batendo as asas dentro do meu coração. O ruído das asas é tão absurdo e tão silencioso, que não consigo dormir há quatro dias.