30.11.06

XVII

Adoro.te.Adoro.te.Adoro.te Os olhos dele brilham. Os olhos dela acreditam.

XVI

Ele: "A vida é assim. A vida é um mar de marés." Ela: lágrimas.

29.11.06

XV

Ele: -"Perdemo-nos." Um silêncio longo. Ela: "Será que alguma vez nos encontrámos?"

25.11.06

XIV

Aqueles que nos compreendem fazem de nós escravos. Não quero que me compreendas. Basta que me ames.

24.11.06

XIII

- "Tens cara de menina." Ela sorri: "Eu sou uma menina."

23.11.06

XII

Antes, achava que precisava do mar. Mas agora tenho o lago dos teus olhos.

XI

- "Gosto de me ver no espelho dos teus olhos. Fico bonita."

X

Claro que sim. Podemos ficar sentados à beira de um ribeiro, de mãos dadas e com os pés dentro de água. Distraídos, damos pontapés na água. O meu pé direito entrelaça-se, de vez em quando, com o teu pé esquerdo.

21.11.06

IX

Vem sentar-se comigo à beira de um rio.

20.11.06

VIII

- "Não me digas nada quando partires." - "Porquê?" " - Porque só existem as coisas que se transformam em palavras."

VII

Quando dizes o meu nome, a tua alma fica despida e consigo tocá-la com a ponta dos dedos.

19.11.06

VI

Ambos, com cara de parvos, e ao mesmo tempo: - "Parvo-te."

18.11.06

V

Ela, baixinho: "O teu peito é um búzio. Quanto me encosto nele, ouço o mar." Ele: "O mar és TU. Não vês que sou um náufrago?"

IV

Ela: - "Tens notas musicais bailando à volta da tua cabeça. A clave de sol pousou-te no nariz." Então, ele convida-a para dançar.

17.11.06

III

O Silêncio, afinal, é verde. Sempre pensei que fosse negro.

II

Ele, olhando-a: - "Quando disse que o teu rosto eram duas maçãs verdes, não sabia que ainda me ia apetecer tanto oferecer-te uma flor." Mas não lhe oferece nenhuma flor. Deixa - apenas - cair uma lágrima dentro da sua mão em concha.

16.11.06

I

Tenho mil borboletas batendo as asas dentro do meu coração. O ruído das asas é tão absurdo e tão silencioso, que não consigo dormir há quatro dias.